Scripta
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<p>SCRIPTA (eISSN-2358-3428 (OJS)) - uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Centro de Estudos Luso-afro-brasileiros da PUC Minas, classificada como A3 no QUALIS de sua área "Linguística e Literatura" (<a href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf">Plataforma Sucupira - CAPES-Brasil</a>).</p> <p>Missão: publicar dossiês contendo artigos científicos e ensaios inéditos e de reconhecida qualidade acadêmica, além de entrevistas de interesse e resenhas de obras recentemente publicadas, produzidos por pesquisadores nacionais e estrangeiros, das áreas de Literaturas de Língua Portuguesa e Linguística.</p>PUC Minaspt-BRScripta1516-4039<p>O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:</p> <ul> <li class="show">a inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), e</li> <li class="show">órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.</li> <li class="show">todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença <a title="Creative Commons License" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0" target="_blank" rel="noopener">creative commons</a> do tipo "by-nc-nd/4.0". </li> </ul>Contribuições e desafios na formação de professores no processo de ensino da leitura e da escrita
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<p>Este volume da Scripta é um trabalho que resulta de uma iniciativa de congregar pesquisas desenvolvidas no sentido de melhor compreender processos de formação de professores e de aprendizagem de leitura e de escrita, à luz de vários constructos teóricos e de metodologias diversas.</p>Arabie Bezri Hermont
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2023-06-272023-06-27275992910.5752/P.2358-3428.2023v27n59p9-29Ensino de Língua Portuguesa: ensinar o quê, para quê, por quê? Uma problematização à luz dos relatos de Estágio Supervisionado de graduandos em Letras
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/30205
<p>O ensino de Língua Portuguesa sofre injunções diversas (teórico-metodológicas, legais, etc.) e beneficia-se dos avanços em pesquisas no âmbito da Educação, em ciências de interface (Psicologia, Neurociência, Etnografia) e dos estudos disciplinares – como a Linguística Textual, a Linguística Aplicada. Nesse cenário, o presente artigo evidencia análise preliminar de um <em>corpus</em> constituídos por 35 relatos, de 43 graduandos em Letras de um Instituto Federal (Ifes), no bojo da disciplina Estágio Supervisionado I (2020). Além das escolhas teóricas em relação ao próprio Estágio (como PIMENTA; LIMA, 2012), à metodologia prevalente, a sequência didática (SCHNEUWLY; DOLZ; 2004, 2011) e ao aporte do âmbito da Linguística (MARCUSCHI, ROJO, KOCH; ELIAS, entre outros), variadas nuances despontam. Há predileção por gêneros escritos (33 relatos) <em>x </em>dois trabalhos com gêneros orais. Entre os primeiros, 28 optaram por intervenções sobre gêneros textuais diversos (sobretudo fábula e crônica), em detrimento do ensino de tópicos gramaticais. Os modos de organização dos relatos (CHARAUDEAU, 2019) evidenciam a prevalência da narratividade e da argumentatividade, em movimentos que visam a justificar escolhas, informar procedimentos, emitir posicionamentos, aduzir argumentos para comprovar teses.</p>Ev'Angela Batista Rodrigues de BarrosSelma Lúcia de Assis Pereira
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2023-06-272023-06-272759316610.5752/P.2358-3428.2023v27n59p31-66Os conceitos de língua e de leitura presentes na BNCC auxiliam os professores da educação básica brasileira?
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/30257
<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo analisa as concepções de língua e de leitura apresentadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC 2017, 2018) para o ensino de língua materna nas etapas do Ensino Fundamental e Médio. O objetivo é verificar se os conceitos apresentados nos documentos oficiais brasileiros têm se orientado por evidências científicas e se são capazes de servir como base conceitual adequada para subsidiar práticas pedagógicas eficientes na sala de aula de língua materna. Para tanto, apresentamos concepções de língua e leitura sob o ponto de vista das ciências cognitivas e depois estabelecemos comparações entre tais conceitos e aqueles presentes no texto da BNCC. Por fim, concluímos que os conceitos de língua e leitura na BNCC não contemplam de forma satisfatória os achados científicos atuais sobre o tema, apresentando lacunas no que se refere a sua missão de documento norteador sobre as melhores práticas para a sala de aula.</span><span style="font-weight: 400;">Os conceitos de língua e de leitura presentes na BNCC auxiliam os professores da educação básica brasileira?</span></p>Eloísa Nascimento da Silva PilatiJanaína WeissheimerAna Paula Oliveira do Prado
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2023-06-272023-06-272759679110.5752/P.2358-3428.2023v27n59p67-91O mapa mental como metodologia ativa no ensino de leitura
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/30138
<p>O objetivo deste artigo é, a partir dos resultados de uma pesquisa-ação com estudantes em distorção idade-série, discutir teoricamente o uso do mapa mental como metodologia ativa no ensino de leitura. Para tanto, primeiro apresentamos uma revisão teórica do conceito de leitura ativa enquanto processo cognitivo socialmente situado. Depois, definimos e distinguimos as concepções de mapa conceitual, cognitivo e mental, explorando seus usos pedagógicos para promover a adoção de estratégias de leitura. Por fim, explicitamos o uso do mapa mental como metodologia ativa antes, durante e depois da leitura<strong>,</strong> e sua relação com os multiletramentos, a partir da concepção de que produção do mapa mental é um processo de retextualização.</p>Adriana Lessa Cristiane Santos
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2023-06-272023-06-2727599211710.5752/P.2358-3428.2023v27n59p92-117O Maze Task Mobile: Utilizando uma técnica experimental da Psicolinguística como ferramenta pedagógica para a aprendizagem de línguas
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<p style="font-weight: 400;">Este estudo apresenta um aplicativo móvel da tarefa labirinto como atividade complementar para o aprendizado de segunda língua. O aplicativo facilita a realização de sessões de treinamento linguístico com a tarefa de labirinto tanto para fins pedagógicos como experimentais. Projetamos o Maze Task Mobile, usamos em aulas de inglês com falantes nativos do português brasileiro e analisamos as percepções dos alunos por meio de uma pesquisa de atitude. Além de apresentar o aplicativo em detalhes, discutimos os resultados da pesquisa e da precisão dos participantes na tarefa, destacando os benefícios desta primeira versão móvel da tarefa do labirinto, bem como as melhorias necessárias para o desenvolvimento futuro.</p>Candido Samuel Fonseca de OliveiraThaís Maíra Machado de SáRamon Soares GonçalvesJúlia Barbosa Viegas
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2023-06-272023-06-27275911814710.5752/P.2358-3428.2023v27n59p118-147Compreensão leitora e compreensão de linguagem técnica na área da Engenharia: um estudo psicolinguístico
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<p>Este trabalho tem por objetivo discutir e compreender como se relacionam a compreensão em leitura e a compreensão de linguagem técnica no campo da Engenharia. Para tanto, são mobilizados dados coletados por meio de protocolos verbais de leitura, que intentam evidenciar informações acerca do processo de compreensão de textos por parte do participante, que verbaliza seus pensamentos durante uma tarefa de leitura. Os participantes da pesquisa são acadêmicos/as do 10º semestre do curso de Engenharia Elétrica de uma universidade do interior de Santa Catarina. Os dados são analisados quantitativamente, sob o viés teórico da Psicolinguística, considerando-se as teorias acerca dos processos integrantes da compreensão em leitura. A análise indica que os participantes da pesquisa, ao se defrontarem com terminologia especializada e desconhecida em textos da área, desenvolvem estratégias de leitura voltadas a aspectos mais abrangentes do texto. Quando, por sua vez, o texto de forma mais ampla oferece desafios aos leitores, estes recorrem a termos técnicos nos quais se apoiam para compreender o que foi lido. A compreensão em leitura e a compreensão de linguagem técnica estão, assim, em uma relação de interação e retroalimentação no contexto pesquisado.</p>Thais de Souza SchlichtingAna Cláudia de Souza
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2023-06-272023-06-27275914818010.5752/P.2358-3428.2023v27n59p148-180Relações entre aspectos fonéticos-fonológicos e escolaridade na acurácia ortográfica de consoantes nasais no Ciclo de Alfabetização
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/30118
<p>Para investigarmos se a aquisição da ortografia de consoantes nasais sofreria influência de aspectos da estrutura silábica da língua e da seriação escolar, em produções textuais de crianças do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental, analisamos 7.190 possibilidades de registro dessas consoantes. Embasamo-nos no modelo hierárquico da sílaba e em parâmetros educacionais que regem esse Ciclo. Os resultados mostraram: (1) efeito da posição silábica sobre a acurácia ortográfica – maior em ataque silábico simples do que em coda silábica simples; e (2) efeito do ano escolar apenas na posição de coda silábica simples, especificamente em posição final – 1º ano com desempenho inferior comparado ao dos 2º e 3º anos. Embora apresentasse ancoragem em aspectos fonético-fonológicos da língua, a ortografia das consoantes nasais apresentou também ancoragem em aspectos ortográficos da própria classe, fato que aponta para uma relação não direta entre fala e escrita no que se refere à aquisição ortográfica.</p>Suellen VazLourenço Chacon
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2023-06-272023-06-27275918120810.5752/P.2358-3428.2023v27n59p181-208A competência linguística e suas contribuições para a educação inclusiva rumo à Terminalidade Específica
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<p>Este artigo é resultado de um trabalho empreendido no Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNEE) de um campus do Instituto Federal e teve como objetivo compreender competências linguísticas de uma discente com grave deficiência intelectual, do 3º ano do ensino médio técnico integrado. Durante três meses, a aluna participou de testes e tarefas específicas da disciplina de Língua Portuguesa, a equipe buscou detalhar as competências de linguagem da estudante, entendendo que os aspectos linguísticos estão inseridos em um módulo mental que Chomsky (1957) denomina de Sintaxe. Assim, o texto apresenta uma parte da descrição das habilidades e competências observadas e essa densa descrição colaborará na construção da Terminalidade Específica dela, uma vez que essa certificação será útil para caminhos futuros. Não se esperou desenvolvimento escolar equivalente aos colegas de classe do último ano do ensino médio, nem mesmo a alfabetização ou início da fala, mas o auxílio a outros profissionais e instituições em que ela participará ao fim da educação básica, uma vez que essas organizações poderão partir das informações contidas na Terminalidade Específica para futuros encaminhamentos na área da linguagem.</p>Gláucia do Carmo XavierChristiane Miranda de AbreuJuliana Cristina Meira Lino
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2023-06-272023-06-27275920923610.5752/P.2358-3428.2023v27n59p209-236A pedagogia de Paulo Freire e o ensino de literatura
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/30368
<p>O ensino de literatura sempre esteve ligado a uma perspectiva que privilegia a aula expositiva, a transmissão de um saber a ser assimilado e devolvido, sobretudo no nível médio de ensino. É o que, na pedagogia freiriana, denomina-se de “educação bancária”, a qual não leva em consideração os saberes que os leitores em formação trazem. Neste artigo refletimos sobre a contribuição que a pedagogia de Paulo Freire pode oferecer ao ensino de literatura nos diferentes níveis de ensino. Discutem-se categorias centrais do pensamento do pedagogo, como “educação bancária”, “dialogismo”, “oprimido”, e busca-se, a partir da reflexão teórica e de nossa prática, indicar caminhos para uma abordagem menos autoritária do texto literário.</p>José Alves
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2023-06-272023-06-27275923826310.5752/P.2358-3428.2023v27n59p238-263Gestos de leitura de textos literários em Língua Espanhola na licenciatura em Letras
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<p>Neste artigo, refletimos a respeito dos gestos de leitura de textos literários em língua espanhola, manifestados em atividades escritas por um grupo de estudantes da licenciatura em Letras Português-Espanhol de uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública federal, situada na cidade do Rio de Janeiro. A negociação com o discurso do outro, a heterogeneidade enunciativa e a expressão da subjetividade apresentam-se de modos variados nos textos, pertencentes a diferentes gêneros, produzidos pelos licenciandos. Foram detectadas, em nossa análise, distintas regularidades e formas de inscrição do sujeito-leitor nas práticas de textualização da leitura literária desenvolvidas nesses espaços de formação inicial de professores de línguas adicionais.</p>Antonio AndradeMarcelle Gonçalves Peçanha Cabral
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2023-06-272023-06-27275926429510.5752/P.2358-3428.2023v27n59p264-295“O Meu Pé de Laranja lima”: semiótica e figuratividade
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/28274
<p>Levando em consideração que o texto literário pode ser um campo fértil para pensamentos filosófico-linguísticos, condicionamos diversos tratamentos dados a ele, clarificando a criatividade poética e, sobretudo, a construção de sentido. Dessa forma, este artigo, de forma geral, visa a apresentar uma análise da semiótica discursiva em uma articulação com o texto literário. Especificamente, pretendemos evidenciar o sentido, destacando as figuras que convocam a temática da fantasia na obra “O Meu Pé de Laranja Lima” (1968), de José Mauro de Vasconcelos. A justificativa para a análise baseia-se na aspectualização da fantasia, como a temática que sensibiliza os leitores, principalmente, os que temos contato na formação de leitores durante o exercício docente. Nessa perspectiva, a construção da investigação constitui-se por intermédio de trechos da obra que mostram a natureza das isotopias fantasiosas capazes de caracterizar os valores inseridos no discurso. Isso ocorre por meio dos percursos narrativos em que se consolida o fio temático, legitimando o aspecto fático e um modo de verdade (DISCINI, 2004). Dessa maneira, levando em consideração o conteúdo, com alicerce nas estruturas discursivas<em> – </em>pretende-se expor a dimensão figurativa do enunciado em análise (BERTRAND, 2003). Assim sendo, procura-se contribuir com os estudos acerca do texto literário e com a própria concepção semiótica da figuratividade em particular.</p>Fernanda VianaSueli Maria Ramos da Silva
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2023-06-272023-06-27275929632610.5752/P.2358-3428.2023v27n59p296-326Osman Lins, a leitura subjetiva e o ensino de literatura
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/28066
<p><strong>A Rainha dos Cárceres da Grécia</strong>, de Osman Lins (1976), é, sem dúvida, um dos livros que melhor abordam a questão da leitura literária, em suas diversas facetas. Esse livro, em que o narrador escreve, em um diário, comentários sobre um romance nunca publicado desencadeia um leque de reflexões sobre a interpretação e sobre o importante papel desempenhado por quem lê na construção da obra de literatura. O propósito do artigo é mostrar como, ao colocar em movimento uma concepção mais criativa e identitária da leitura, o livro pode repercutir no ensino de literatura, dialogando com a leitura subjetiva, abordagem teórica francesa que se propõe a ressignificar o texto literário na escola.</p>Carolina Duarte Damasceno
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2023-06-272023-06-27275932735310.5752/P.2358-3428.2023v27n59p327-353Correspondências exílicas cubanas: um diálogo fragmentado da memória em Informe contra mí mismo
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/27956
<p>Este estudo objetiva analisar as correspondências e a tensão crítica e emocional que são inerentes ao livro <em>Informe contra mí mismo</em>, de Eliseo Alberto. Promove-se a discussão sobre sua escrita fragmentada e o componente histórico-político das cartas. Foi traçada, também, uma interconexão com as significâncias implícitas do gênero epistolar, sua legitimidade comunicativa e a <em>escrita de si</em> que determinam sua leitura o diálogo íntimo de Alberto, que oscila entre o privado e público, o afetivo e o denunciatório, o simbólico e o inespecífico. A análise utiliza um método descritivo, qualitativo de caráter bibliográfico com base em ensaios, textos literários, culturais e o acervo epistolário cubano recente. O conceito de gênero epistolar se fundamentou nas obras de Arfuch (2010), Haroche-Bouzinac (2016), Díaz (2016) e Todorov (2003); o afeto e a <em>escrita de si</em> tem como base textos de Leone (2014), Klinger (2014) e Assmann (2011). E, por último, o exílio, a literatura fragmentada e inespecífica se escora nas obras de Weimer (2008); Garramuño (2008, 2009, 2014, 2015), Ludmer (2007, 2013), e Rojas (2004), entre outros.</p>Antonio Martínez NodalNerivaldo Alves Araújo
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2023-06-272023-06-27275935438310.5752/P.2358-3428.2023v27n59p354-383A voz que resiste pela terra: Odete Semedo e a poética da dor, memória, revolta
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/27589
<p>Com a geração chamada por Ferreira (1977) de Novos ou Novíssimos, pairou sobre as temáticas poéticas guineenses, a força dos textos que falavam sobre resistência e o desejo de um sentimento definidor dos seus ideais literários, incluindo, embora com presença gradativa, a figura da mulher na poesia. Com isso, a poeta, política e professora Maria Odete da Costa Soares Semedo é uma das principais escritoras da Guiné-Bissau, sendo considerada a principal poeta de sua geração. Posto isto, neste estudo vislumbraremos o poema <em>Perdidos, desnorteados</em> de Odete Semedo, publicado no livro <em>No fundo do canto</em> (2007) que se configura como uma sequência narrativa, repleta de símbolos, confissões, guerras, elementos culturais e históricos claramente localizados na Guiné-Bissau.A partir da lírica de Semedo (2007), vislumbraremos a preocupação social objetivando identificar como a voz feminina da escritora, através do eu-lírico, denuncia, com uso dos aspectos estilísticos e literários, os processos conflitantes, colonizatórios e de resistência que compõem a identidade do povo guineense, logo, consolidando também, as vozes das mulheres na poética do país. Dessa maneira, faremos algumas considerações embasados pelas tessituras teóricas de Ferreira (2017), Melo (2020), Moraes e Costa (2018), Moreira e Fonseca (2017) entre outros. Assim, vale salientar que as considerações aqui propostas não findam as manifestações e/ou experiências que cada indivíduo pode perceber/realizar ao se deparar com o objeto literário, mas sim proporciona uma leitura de nossa experiência, dialogada com a cosmovisão de África que se realiza em suas literaturas.</p>Israela Rana Araújo LacerdaIsaque da Silva Moraes Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplagne
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2023-06-272023-06-27275938440010.5752/P.2358-3428.2023v27n59p384-400Memorial herbário de Lobo Antunes
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<p>Entre os símbolos que Lobo Antunes usa em suas obras estão as flores, numa profusão de nomes e de objetos com características vegetais. O trabalho aqui apresentado visa listar as espécies vegetais nos romances de António Lobo Antunes: <strong>Memória de Elefante</strong> (2016 [1979]); <strong>Os Cus de Judas</strong> (2010[1979]) e <strong>Conhecimento do Inferno </strong>(1999[1980]) e. Foram por nós contabilizados pelo menos 471 citações de espécies vegetais ou materiais fitomórficos. Em <strong>Memória de Elefante</strong> foram registradas 70 citações, em <strong>Conhecimento do Inferno</strong> 234 citações e, em <strong>Os Cus de Judas</strong>, 167 citações. Estas citações redundam em pelo menos 98 espécies vegetais diferentes (retirando os fitomórficos). As espécies mais citadas foram: plátano com 33 citações (c. 7%); eucalipto 24 (5%); tabaco 21 (c. 4,5%); pinheiro (caruma +Pinhal) 19 (c. 4%); capim 18 (c. 3,8%); tomate 16 (c. 3,4%); mangueira e palmeira 13 citações cada (c.2,8%); laranja (+ laranjeira) e maçã com 12 citações cada (c. 2,5%); batata 11 (c. 2,3%); acácia, girassol e oliveira (+azeitona) com 10 citações cada (c. 2,1%); algodão, vinha (+Uva) e couve (+repolho) todos com 9 citações cada (c. 2%). Estas espécies somam mais que 50% de todas as citações. As espécies vegetais citadas nos romances estudados ajudam a estabelecer o ambiente em que as ações se desenrolam, caracterizando lugares ou transmitindo emoções. A diferença entre as plantas utilizadas nos dois contextos demonstra um cuidado estético na ambientação das ações. Os fitomórficos são utilizados como componentes da estética dos romances, elevando o nível poético de algumas passagens.</p>Flavio FrançaTércia Valverde
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2023-06-272023-06-27275940143110.5752/P.2358-3428.2023v27n59p401-431O discurso científico: questões de leitura e escrita – uma conversa com a Profa. Dra. Verli Petri
https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/28260
<p>As questões de leitura e escrita pensadas a partir do discurso científico, nesta entrevista, serão discutidas tendo a Análise de Discurso (AD), fundada por Michel Pêcheux, como terreno de sustentação. Tal orientação faz-se necessário porque se tomássemos, por exemplo, a leitura e a escrita pelo viés da Enunciação, certamente, outros efeitos de sentidos seriam mobilizados.</p> <p>Na obra <strong>Análise de Discurso:</strong> princípios e procedimentos ([1999] 2005), Orlandi pontuou que “A Análise de Discurso, como seu próprio nome indica, não trata da língua, não trata da gramática, embora todas essas coisas lhe interessem. Ela trata do discurso” (ORLANDI, [1999] 2005, p. 15). Nesse sentido, concebemos a leitura e, na mesma medida, a escrita enquanto práticas discursivas abertas ao equívoco, que funciona enquanto lugar preeminente. Nessa mesma obra, a autora complementou que “a palavra discurso, etimologicamente, tem em si a ideia <em>de curso, de percurso, de correr por, de movimento</em>” (ORLANDI, [1999] 2005, p. 15, grifos nossos). Ao passo em que nossos grifos referem-se à teoria que anunciamos, também apresenta nossa entrevistada que, assim como a AD, está em constante movimento.</p> <p>A Professora Doutora Verli Fátima Petri da Silveira faz jus à teoria à qual se filia no sentido de que sua atuação facilmente seria representada pelo curso de um rio... com águas ora vorazes, ora tranquilas, mas jamais estanques. Assim é essa analista de discurso que tanto nos inspira e, assim como a própria AD, nos afeta (LEANDRO-FERREIRA, 2019, p. 42).</p> <p>Inicialmente pensamos em apresentar nossa convidada a partir das informações presentes em seu currículo, disponibilizado na Plataforma <em>Lattes</em>. No entanto, resolvemos não fazê-lo por entendermos que o <em>link </em>de acesso ao currículo da pesquisadora funcionaria melhor; seguimos pensando em apresentá-la por meio de sua produção e atuação, tomando como referência a data em que essa entrevista aconteceu, ano de 2020. Contudo, desse período até o prezado momento, a professora, assim como um rio, não parou, ela segue seu fluxo de trabalho e/com resistência. Isso significa, portanto, que muito já foi produzido por Verli Petri e alunos/colegas animados por ela.</p> <p>Assim, resolvemos apresentá-la fazendo destaque a dois de seus trabalhos atuais. O primeiro trata-se da obra <strong>Ditos e não-ditos: </strong>discursos da, na e sobre a pandemia (2021), publicado pela Pontes Editores, organizado por Verli Petri e demais pesquisadores que foram seus orientandos de doutorado no Programa de Pós-graduação em Letras, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); já o segundo, refere-se ao projeto interinstitucional, do qual a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) participa por meio de um aluno da Pós-graduação, <em>Vocabulário da pandemia do novo coronavírus</em> que até o presente momento já publicou 67 (sessenta e sete) verbetes sobre a pandemia do novo coronavírus.</p> <p>A entrevista, intitulada <em>O discurso científico: questões de leitura e escrita – uma conversa com a Profa. Dra. Verli Petri</em>, aconteceu no dia 23 de outubro de 2020, transmitida abertamente pela página do <em>Facebook</em> do Programa de Pós-graduação em Letras, da PUC Minas. Posteriormente, a entrevista foi transcrita na modalidade padrão, sendo assim, corrigida conforme a norma culta da língua portuguesa, sendo eliminadas expressões fáticas, interrupções, meias palavras, hesitações, gaguejos ou vícios de linguagem.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"></a></p>Heitor Pereira de Lima
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2023-06-272023-06-27275943345710.5752/P.2358-3428.2023v27n59p433-457Currais (di)versos: poemas e memórias de Currais Novos/RN
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<p>Currais (di)versos apresenta um conjunto de poemas que, direta ou indiretamente, estão atrelados à História e a Memória do município de Currais Novos, o qual está situado no estado do Rio Grande do Norte, na Região conhecida como Seridó Potiguar.</p>Eduardo Cristiano Hass da Silva
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2023-06-272023-06-27275945946510.5752/P.2358-3428.2023v27n59p459-465O diálogo impossível entre a Literatura, a História e o Mercado Editorial
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<p>O texto enviado é uma resenha do romance de António Lobo Antunes, Diccionario da Linguagem das flores, publicado em novembro de 2020.</p>Cid Ottoni Bylaardt
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2023-06-272023-06-27275946647410.5752/P.2358-3428.2023v27n59p466-474