https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/issue/feedScripta2024-07-10T15:24:18+00:00Raquel Guimarãesscripta.pucminas@gmail.comOpen Journal Systems<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 1,5; margin: 0cm 0cm 0pt;">SCRIPTA - uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Centro de Estudos Luso-afro-brasileiros da PUC Minas, classificada como A3 no QUALIS de sua área "Linguística e Literatura" (<a title="Plataforma Sucupira - CAPES-Brasil" href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf" target="_blank" rel="noopener">Plataforma Sucupira - CAPES-Brasil</a>).<br><strong>Missão:</strong> publicar dossiês contendo artigos científicos e ensaios inéditos e de reconhecida qualidade acadêmica, além de entrevistas de interesse e resenhas de obras recentemente publicadas, produzidos por pesquisadores nacionais e estrangeiros, das áreas de Literaturas de Língua Portuguesa e Linguística.<br><strong>ISSN 1516-4039</strong><br><strong>e-ISSN 2358-3428</strong></p>https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33462Perspectivas globais sobre a literatura de autoria feminina2024-06-12T11:44:51+00:00Priscila Campellopriscilacscampello@gmail.comPauline Kaldaspkaldas@hollins.eduRebecca Atenciorjatencio1@gmail.com<p>Editorial</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31293Violência psicológica na literatura contemporânea2024-07-10T14:53:11+00:00Daniel Almeida Machadodanimachx22@gmail.comAngela Maria Guidaangelaguida.ufms@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">No âmbito jurídico e social, somente no século XXI é que se passa a reconhecer o abuso mental e psíquico como uma forma de violência, sobretudo contra mulheres, denominada de violência psicológica. No universo ficcional, entretanto, e aqui destacamos a literatura, a questão já era tratada de modo indireto pelo menos desde o século XIX, dando indícios da existência dessa violência de difícil percepção, do campo do simbólico, que viria a ser nomeada tempos depois. Hoje, a discussão permeia a obra de diversas literaturas ao longo do globo, em especial, na escrita feita por mulheres. Nesta perspectiva, pretendemos demonstrar a presença da violência psicológica na literatura de autoria feminina contemporânea em duas obras: em </span><em><span style="font-weight: 400;">Na casa dos sonhos</span></em><span style="font-weight: 400;">, da norte-americana Carmen Maria Machado, e em </span><em><span style="font-weight: 400;">Com todo o meu rancor</span></em><span style="font-weight: 400;">, da brasileira Bruna Maia.</span></p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31283Compor com:2024-07-10T14:54:35+00:00Luciéle Bernardi de Souzalucielebernardi@gmail.comLuciane Bernardi de Souzalucibernardi@gmail.com<p>A recém-lançada <em>O canto dela</em> (2021) é uma obra assinada por duas mulheres, uma brasileira e uma togolesa, por isso traz a marca plural de uma singular coautoria, acionando, fragmentariamente, vozes e memórias de muitas outras, outra forma de narrar. Para pensar esta dimensão coautoral, partimos do pressuposto de que voz é corpo em contato com, e para as escritoras Ana Kiffer e Marie-Aude Alia é, portanto, a criação de um canto conjunto, um dueto, desejo de partilha de uma escrita feminina na conformação de um texto que desliza em sua categorização restrita enquanto gênero literário. É uma obra que questiona as amarras da convencionalidade da autoria moderna (ocidental), problematizando-a duplamente: descentrada de um eu (único, singular) e descentrada do homem (masculina). É ouvindo o canto delas que objetivamos nos aproximar, portanto, da poética de corpos em seus movimentos por diferentes lugares/cantos e potencialidades e, por isso, nos fazem pensar sobre outras formas de escrita, via discurso/voz/corpo, outras formas de cantar que ultrapassam a dimensão individual.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/30495Minha casa é onde estou:2024-07-10T14:55:55+00:00Daniela Araújo Virgensdaniaraujovg80@yahoo.com.brAdriana de Borges Gomesabgomes@uneb.br<p>O presente trabalho propõe uma análise do romance <em>Minha casa é onde estou</em> (2018), da escritora italiana de ascendência somali Igiaba Scego, a partir do conceito de escrevivência, engendrado pela escritora brasileira Conceição Evaristo (2020). A reflexão preconiza a escrevivência enquanto ato político, podendo ser uma forma de reconhecimento de ancestralidades e de resgate de identidades coletivas, outrora assimiladas em contextos de relações coloniais. A escrevivência é um ato de revelar histórias apagadas e que precisam ser disseminadas para que a colonialidade do poder, o fascismo e outras formas de extremismo não continuem em evidência. Provindo da escrevivência, o artigo pretende estabeler um diálogo desse conceito com Merleau-Ponty (1999) e sua concepção de corporeidade como forma de perceber e significar o mundo; com Zygmunt Bauman (2005) e sua compreensão da identidade que se constrói no tempo e no espaço e com Aníbal Quijano (2005) que reflete sobre a colonialidade do poder como uma dimensão constrututiva do sistema mundial moderno que se difundiu com a expansão colonial europeia e se manifesta sob a forma uma hierarquia com base na raça e no gênero e pela imposição de uma lógica eurocêntrica como padrão universal de conhecimento. O pensamento decolonial surge aqui como uma forma de quebrar padrões historicamente impostos e revelar histórias que foram apagadas pela imposição pensamento colonial. A metodologia de trabalho é a análise teórica de pesquisa bibliográfica. Dessa forma, em decorrência dessas discussões, pode-se inferir que a escrevivência é um caminho fundamental para o avanço da decolonialidade.</p>2024-01-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/30585A escrita de Sally Rooney e as convergências com o Flâneur2024-07-10T14:57:01+00:00Andressa do Nascimento Gonçalvesandressahtanascimento@gmail.com<p>Este estudo reflete sobre os aspectos estéticos do caminhar na cidade, através das protagonistas femininas de Sally Rooney em Conversas entre Amigos (2017) e Pessoas Normais (2018). Utilizando uma abordagem fenomenológica, exploramos como Dublin é retratada pelas protagonistas, focando em suas experiências ao andar, à luz da perspectiva de flâneuse, de Lauren Elkin (2022). A análise centra-se nas imagens mentais e sensações estéticas narradas pela autora para compreender o impacto do caminhar, na narrativa. Investigamos o imaginário de Dublin construído pela autora, buscando entender esse fenômeno estético em grandes cidades. Fundamentamos nossa reflexão nos estudos de Frédéric Gros (2010), complementados por autores como Edgar Morin (2017) e Walter Benjamin (1989), e conectamos essas ideias com perspectivas estéticas comunicacionais. O resultado revela uma relação íntima entre a cidade de Dublin e as narrativas dessas jovens, buscando identificar conexões literárias e estéticas nas protagonistas femininas e nos ambientes urbanos.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31326“Vó, a senhora é lésbica?”:2024-07-10T14:58:38+00:00Larissa Dias Barbosalarissadiasbarbosa@outlook.com<p>O presente artigo discute a heterossexualidade compulsória e a inscrição de existências lésbicas plurais, através da análise do conto “Vó, a senhora é lésbica?”, da escritora Natalia Borges Polesso, publicado em Amora de 2015. Procuramos compreender a maneira como a autora, por meio da construção das personagens Joana e vó Clarissa, coloca em voga discussões como lesbianidades, heterossexualidade compulsória e família a partir de três eixos analíticos: a relação familiar, a invisibilidade lésbica e, ainda, a intertextualidade da narrativa com A Metamorfose, de Kafka. Para isso, nos valemos das teorias de gênero e das discussões acerca da lesbianidade, como as cunhadas por Miskolci (2017), Sedgwick (2016) e Rich (2010) e, ainda, das análises sobre literatura brasileira contemporânea e lesbianidades, realizadas por Facco (2004) e Figueiredo (2020). Assim, analisamos, através do entrelace desses teóricos, como a construção dessas personagens formaliza, na literatura brasileira contemporânea, outras inscrições lésbicas, mais plurais e diversas, contribuindo para a veiculação de narrativas dissidentes.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31337“Manifiesta no saber firmar, nacido: 31 de diciembre” de Estercilia Simanca Pushaina2024-07-10T15:00:04+00:00Tatiane Silva Santostatisantos@gmail.comShirlene Rohr de Souzashirlene.rohr@unemat.br<p>Este artigo tem como objetivo a análise do conto “Manifiesta no saber firmar, nacido: 31 de diciembre” (2010), da escritora colombiana Estercilia Simanca Pushaina. No referido conto, a autora, indígena wayuu, trata da relação entre seu povo e a exploração estabelecida pelos alijuna, denominação na língua wayuunaiki para os não indígenas. O enfoque deste estudo é a relação entre nome próprio e seu apagamento para a demarcação de um território. Ao denunciar uma prática comum na região – a troca dos nomes originais dos wayuu e padronização das datas de nascimento – o conto escancara os detalhes que colocam a comunidade em situações de desamparo frente à sociedade da época. Para a análise da conexão entre território e nome próprio, nos basearemos nas reflexões de Glissant (2021) sobre os sistemas de hierarquização coloniais, além das relações entre a binariedade e as diferentes formas de exploração existentes para a manutenção do sistema capitalista.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31279O Gótico Contemporâneo:2024-07-10T15:01:47+00:00Fabianna Simão Bellizzi Carneirofabianna_bellizzi_carneiro@ufcat.edu.brMarisa Martins Gama-Khalilmmgama@gmail.com<p>Este artigo dedica-se a uma leitura crítico-analítica da escrita feminina no conto “Conservas” (2022), de Samantha Schweblin, em articulação com a vertente da literatura gótica produzida no século XXI. Vê-se que na atualidade as narrativas góticas ou as que guardam resquícios do maquinário gótico não mais inserem em seus textos elementos convencionais como espectros, cenários aterrorizantes e decadentes, terror, sangue e afins. No entanto, algo próprio da poética gótica parece se manter, a saber: a angústia. Em “Conservas” a angústia se dá por conta de um questionamento que permeia a vida de muitas mulheres: a recusa à maternidade. O século XXI vê certas conquistas femininas alcançadas, no entanto alguns infortúnios permanecem, conforme se problematiza neste trabalho. Os resultados finais devem apontar para a importância das narrativas de horror para dar forma aos nossos questionamentos, bem como à inserção feminina em uma sociedade que mantém as peias do passado patriarcal.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31338Ângela Lopes Galvão e Celinha: 2024-07-10T15:03:32+00:00Ricardo Silva Ramos de Souzarisoatelie@gmail.com<p>O presente artigo pretende abordar as participações de Ângela Lopes Galvão e Celinha, nome de Célia Aparecida Pereira, no primeiro volume da série Cadernos Negros, ao analisar os poemas “Retratação” e “Interrogação”, respectivamente, publicados em 1978. A investigação busca demonstrar o quanto esses poemas já apresentavam características formuladoras da poesia de autoria feminina negra nos volumes posteriores, tais como a presença da subjetividade da mulher negra e as questões pertinentes às intersecções de gênero, raça e classe, realizando no ato da escrita um compromisso estético, ético e político de transformação de si e da sociedade. Ainda que essas duas poetas possuam parca fortuna crítica e escassos dados biográficos, investe-se nessas duas autoras para mostrar a diversidade entre as escritas de mulheres negras evitando, assim, o memoricídio nas histórias literárias negra e brasileira contemporâneas. Para alcançar esse intento, demonstra-se o contexto histórico capaz de propiciar o surgimento de Cadernos Negros, a relação de seus participantes com a imprensa negra e o movimento negro durante o ano de 1978. O suporte teórico para as reflexões sobre a produção literária de mulheres negras tem, dentre outras, Florentina da Silva Souza, Miriam Alves, Conceição Evaristo e Esmeralda Ribeiro. Já para as questões referentes ao gênero feminino e à raça, o artigo vale-se das elaborações de bell hooks, Lélia Gonzalez e Patricia Hill Collins.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32078“Há que guardar a poesia”:2024-07-10T15:04:46+00:00Thaísa Rochelle Pereira Martinsthaisa.rochelle@estudante.ufcg.edu.brJosé Hélder Pinheiro Alvesjose.helder@professor.ufcg.edu.br<p>O presente artigo propõe uma abordagem acerca da construção de imagens poéticas relacionadas ao instante em poemas de Lenilde Freitas. Tal composição tem por base um olhar voltado à natureza, elemento que percorre boa parte dos textos da autora. Sendo assim, em um primeiro momento, será apresentada a poeta, seu percurso literário, bem como algumas noções iniciais sobre a representação da fugacidade pela linguagem poética . Posteriormente, as discussões estarão centradas na abordagem teórica sobre a formação da imagem na poesia, a natureza e o instante, categorias contempladas mais adiante, na leitura analítica. Para isso, recorreremos, sobretudo, aos estudos de Paz (1982), Cunha (2000), Bosi (2000), Candido (2000) e Bachelard (1994). As reflexões desses autores serão fundamentais para compreender as configurações imagéticas do instante por meio de percepções oriundas da natureza nos poemas de Lenilde Freitas, contempladas no penúltimo tópico. Por fim, pode-se afirmar que as produções da poeta são carregadas de valor estético e um riqueza de imagens líricas que, no caso específico da elaboração do instante poético, possibilita ao leitor uma experiência de ressignificação do tempo, de sua relação com a natureza e com o próprio cotidiano.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31297A representação da figura feminina na poesia de Ida Vitale2024-07-10T15:06:00+00:00Ana Carolina Oliveira Freitaganafreitag4@gmail.com<p>Este estudo teve como pretensão evidenciar um importante nome da literatura hispano-americana, pouco conhecido no contexto literário brasileiro. Sendo assim, este trabalho apresenta comentários sobre os poemas “Una Mujer” e “Fortuna”, de Ida Vitale, acompanhados de reflexões sobre a trajetória da poeta uruguaia. As considerações teóricas utilizadas foram baseadas em estudos de Ángel Rama, Enrique Fierro, Josefa Fernández Zambudio, Rafael Courtoisie e Florencia Garramuño. Para que fosse possível desenvolver essa pesquisa, foi utilizado o livro Poesía Reunida, de Ida Vitale, publicado em maio de 2017 pela editora Tusquets, sendo selecionados dois poemas escritos entre os anos de 2002 e 2005 que se relacionam à temática feminina.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31090Notas do teatro do absurdo em As aves da noite, de Hilda Hilst2024-07-10T15:07:17+00:00Ana Cristina Steffenana.steffen@acad.pucrs.br<p>Este trabalho visou identificar alguns dos aspectos do Teatro do Absurdo, conforme o postulado por Martin Esslin (2018), na peça As aves da noite, de Hilda Hilst. A obra da escritora brasileira contempla variados gêneros literários e, apesar de menos conhecida, sua atuação enquanto dramaturga foi significativa: nos últimos anos da década de 1960, a autora escreveu oito peças teatrais. Em As aves da noite, apresenta-se uma visão de mundo e um emprego de recursos dramáticos nos quais foram observadas diversas afinidades com os elementos do absurdo examinados por Esslin. Logo, ao aproximar o texto de Hilst às considerações do estudioso, é possível identificar reflexos do que ele aponta como uma indelével contribuição legada pelo Teatro do Absurdo.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31138A quebra do horizonte de expectativas sobre as obras literárias de mulheres negras caribenhas2024-07-10T15:09:16+00:00Jhonnatas dos Santos Sousajhonnatassantos@hotmail.comAlcione Correa Alvesalcione@ufpi.edu.brCristiane Viana da Silva Fronzacristianevyanna@yahoo.com.br<p>Este estudo buscou, por meio de pesquisa bibliográfica, satisfazer o objetivo de relacionar a experiência de quebra do horizonte de expectativas – sobre obras de mulheres negras caribenhas – ao conceito de estereótipo, discutido por Homi K. Bhabha. Especificamente, pretendeu-se refletir sobre o horizonte de expectativas e a experiência do leitor; compreender o conceito de estereótipo por Homi K. Bhabha; e por fim, associar o conceito de estereótipo à experiência de quebra do horizonte de expectativas sobre as literaturas de mulheres negras caribenhas. Esta pesquisa justifica-se à medida que as discussões são capazes de gerar reflexões acerca dos sistemas de manutenção dos lugares de dominação presentes na sociedade. Para o embasamento teórico, dentre outros, utilizou-se Lélia Gonzalez (2020), Grada Kilomba (2019), Winnie Bueno (2020a) e o autor Bhabha (2013). Concluiu-se ser possível trabalhar a compreensão acerca do horizonte de expectativas e como a experiência do leitor nos ajuda a ler autoras negras, além de identificar experiências de subordinação empregadas a essas sujeitas. Foi possível entender a experiência de quebra do horizonte de expectativas sobre as literaturas de mulheres negras, compreendendo que o estereótipo possui o poder de modificar nossa concepção literária. A quebra de horizonte sobre autoras racializadas é um plano de fundo para entender que a perspectiva racial e de gênero está relacionada ao discurso discriminatório, o qual é fortalecido pela estratégia do estereótipo. Esse entendimento nos auxilia na compreensão de como lemos e interpretamos autoras negras.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31341Um teto mais amplo:2024-07-10T15:14:43+00:00Jorge Luiz Adeodato Juniorjorgeadeodato@yahoo.com.brJoana Dávila Jovino Fariasjoanadavilafaria@hotmail.com<p>Este trabalho é uma experiência em escrita criativa que toma por base o ensaio Um teto todo seu ([1929]2014), de Virginia Woolf, originalmente publicado em 1929. Alguns de seus questionamentos principais acerca dos aspectos da experiência e da presença feminina dentro do meio acadêmico foram incorporados e redimensionados para um contexto distinto – o de uma jovem brasileira, nordestina, e recém-ingressa em uma pequena Faculdade de Letras em uma universidade pública no sertão norte do país. Em uma dinâmica previamente proposta por autores como Coetzee, em Diário de um ano ruim (2008) e Elizabeth Costello (2004), neste ensaio ficcional, a voz presente no texto é a da criação e da experiência feminina, porém, por entre as linhas do texto, surgem palavras que insistem em ditar e orientar caminhos do trabalho e do pensamento, costurando discursos e visões que revelam sobre as rotações de poder dentro do ambiente acadêmico. A separação das seções em pequenos eixos temáticos é fruto de uma tentativa ensaística de rotacionar as dificuldades quanto à posição da intelectualidade feminina em uma Inglaterra de quase um século atrás ao nordeste brasileiro contemporâneo. Para além de destacar a relevância da escrita de Woolf na atualidade, o texto elabora acerca de visões sobre as perspectivas da literatura brasileira e do ensino superior no país em um cenário marginalizado, levantando questionamentos e reflexões sobre os caminhos percorridos pelas mulheres que desejam se inserir no meio literário.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33464Orchestral Interludes2024-06-12T11:45:09+00:00Pauline Kaldaspkaldas@hollins.edu<p><em>You are my life</em>, de Pauline Kaldas, retrata o entrelaçamento do ato de cozinhar com os movimentos da dança das personagens ao som da música egípcia. São trechos muito sensoriais, imagéticos, trazidos de forma bastante descritiva e poética.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33465Poemas2024-06-24T08:32:36+00:00Lisa Suhair Majajlisamajaj@gmail.com<p>Poemas de Lisa Suhair Majaj.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31256Notas para uma análise da relação entre corpo e autoria no campo quadrinístico2024-07-10T15:18:35+00:00Lucas Piter Alves Costaalvescosta.lp@gmail.com<p>O fenômeno da autoria nos mais diversos campos de produção intelectual, artística ou cultural é assunto recorrente nas teorizações dos estudos do discurso. Embora haja vasta bibliografia sobre autorialidade no campo literário, ainda é escassa essa reflexão no campo das histórias em quadrinhos. Estudos recentes sobre a autoria nos quadrinhos sugerem que a autoria é um fenômeno discursivo construído coletivamente por agentes no campo quadrinístico, por meio de práticas e materialidades características desse campo, a fim de fomentar a notoriedade de um nome de autor. Nos últimos anos, a quadrinista Laerte Coutinho, ao fazer sua mudança de gênero, sem alterar seu nome autoral, tem se mostrado um desafio para as reflexões sobre autorialidade centradas apenas no nome de autor, sem considerar o papel que a corporeidade tem na construção do fenômeno da autoria. Assim, retomando essa problemática foucaultiana, o objetivo deste trabalho é tecer apontamentos sobre a relação entre corporeidade e autorialidade na carreira de Laerte no campo quadrinístico. Este trabalho busca formular a hipótese de que, na atualidade, com a proeminência das mídias digitais, a participação do autor e de agentes periféricos no campo quadrinístico é fundamental para a construção da importância de um nome autoral nesse campo. E, por isso, a presença física, corporal e performática do autor se impõe, podendo alterar a forma de recepção de sua obra. Na esteira de Foucault (2009), este trabalho busca indagar qual o papel que o corpo exerce na autorialidade. Esta problemática traz os estudos foucaultianos da autoria, questões de gênero e transgeneridade, corporeidade, mídias digitais e midiatização, teoria dos campos, em especial, o campo discursivo quadrinístico.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31106Análise multimodal da obra “Vozes no Parque”:2024-07-10T15:20:41+00:00Patricia Michelottimichelottipatricia@gmail.comGraziela Frainer Knoll grazi.fknoll@gmail.com<p>A sociedade midiatizada não se limita mais aos livros repletos de texto verbal cujas lacunas devem ser preenchidas exclusivamente pela imaginação. São multissemióticos e trazem consigo muitas mensagens, principalmente os livros ilustrados de literatura infantil. Este artigo é um recorte de uma dissertação de mestrado e tem o objetivo geral de fazer uma análise multimodal baseada na teoria de Kress e van Leeuwen (2006) com a finalidade de explorar recursos multimodais presentes no livro <em>Vozes no Parque</em>, de Anthony Browne. Como objetivos específicos, o artigo visa aplicar as metafunções da “Gramática do Design Visual” (GDV), ao estudo das imagens em livros infantis e identificar recorrências quanto aos recursos semióticos presentes nas imagens. Nossa proposta foi trabalhar com a GDV por meio de uma pesquisa qualitativa, de análise multimodal, analisando a obra selecionada. Para atingir nossos objetivos, essa pesquisa perpassa pelos conceitos teóricos de literatura infantil, multiletramentos e multimodalidade. Com o resultado desse trabalho, demonstramos como as imagens atuam na composição das histórias infantis e como o autor-ilustrador faz o seu uso atrelado ao propósito e à temática de cada obra. A partir da aplicação da GDV, concluímos que texto verbal e visual caminham juntos. A imagem atua como complementações e extrapolações ao texto verbal de forma que seja inviável afirmar que um precede ao outro.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31342Ana Martins Marques risca o silêncio2024-07-10T15:23:12+00:00Pâmela Nogarottopamelanogarotto@gmail.com2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minashttps://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/31333Efeitos feministas na nova geração de poetas brasileiras: 2024-07-10T15:24:18+00:00Taís Bravo Cerqueirataisbravo@gmail.com<p>Resenha para a antologia As 29 poetas hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda e publicada pela Companhia das Letras.</p>2023-12-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Editora PUC Minas