Da Cosmopercepção ao Mulherismo:
a poética afro-moçambicana em Cães a estrada e poetas à morgue , de Deusa d’ África.
Resumo
Nossa proposta é desenvolver uma análise do livro Cães à estrada e poetas à morgue (2022), da escritora moçambicana Deusa d’África. Para fundamentar nossas reflexões sobre o referido corpus, vamos nos ancorar nos posicionamentos críticos de Paulina Chiziane (2013) sobre escrita moçambicana de autoria feminina, de Clenora Hudson-Weems (2020) sobre mulherismo Africana e de Oyeronké Oyewumi (2021) sobre cosmopercepção. A poesia da escritora moçambicana Deusa D’África mostra um exercício continuum do projeto de moçambicanidade a partir de um discurso que se organiza no feminino no sentido de territorializar uma produção literária, que fora de Maputo, ecoa ao ritmo do xitende e dissemina um mulherismo afro-moçambicano cuja agenda de discussão se volta para a condição da mulher. Para o desenvolvimento da discussão, vamos nos ater à análise dos poemas “A língua da mulher”, “A costureira” e “Querida Disney”.
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Referências
CHIZIANE, Paulina. O canto do futuro. In: D’África, Deusa. A voz das minhas entranhas. Maputo: Ciedima, 2014.
D’ÁFRICA, Deusa. Cães à estrada e Poetas ao morgue. Maputo: Alcance Editores, 2022.
DUARTE, Constância Lima. Memorial do Memoricídio: escritoras brasileiras esquecidas pela história. Belo Horizonte: Editora Luas, 2022.
HUDSON-WEEMS, Clenora. Mulherismo Africana. Tradução de Wanessa A.S.P. Yano. São Paulo: Editora Ananse, 2020.
NOA, Francisco. Uns e outros na literatura moçambicana. São Paulo: Kapulana, 2017.
OYEWUMI, Oyeronke. A invenção das mulheres. Construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Tradução de Wanderson Flor do Nascimento Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2021.
RIAMBAU, Vanessa. Poesia como azagaia: a poética-manifesto de Deusa d’África. In: d’África, Deusa. Cães à estrada e Poetas ao morgue. Maputo: Alcance Editores, 2022.
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