O devir como expressão do eu coletivo na poética de José Craveirinha

  • Vicente Geraldo Amâncio Diniz de Oliveira
Palavras-chave: José Craveirinha, Alteridade, Sentimento de pertença, Identidades coletivas.

Resumo

José Craveirinha, desde suas primeiras produções literárias, mostra-se como um poeta que valoriza sobremaneira o aspecto coletivo em sua cultura. Essa valorização do comunitário está em contínuo devir, em expansão perene. Em sua poética, o indivíduo somente se afirma, se reconhece e é reconhecido enquanto partícipe de um todo que envolve a comunidade humana, a natureza e a dimensão transcendente. É nesse sentido que o ser do poeta, aberto ao próprio vir-a-ser, abre-se também ao outro, à alteridade, tornando-se, nessa abertura, ser não apenas para si, mas ser-para-o-outro. Isso, de alguma forma, evidencia um sentimento de pertença e de identidade coletivas.

 

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Referências

CRAVEIRINHA, José. Karingana ua Karingana. Lisboa: Edições 70, 1982.

CRAVEIRINHA, José. Xigubo. Lisboa: Edições 70, 1982.

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SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia e fenomenologia. Trad. Paulo Sérgio Perdigão. Petrópolis: Vozes, 1998.

Publicado
20-03-2003
Como Citar
DINIZ DE OLIVEIRA, V. G. A. O devir como expressão do eu coletivo na poética de José Craveirinha. Scripta, v. 6, n. 12, p. 407-414, 20 mar. 2003.
Seção
Dossiê: Literaturas africanas de língua portuguesa