Platão, Rosa, o tecelão e seu texto: analogias discursivas entre Crátilo e o bardo Riobaldo

  • Marcelo Marinho
Palavras-chave: Crátilo, Platão, Guimarães Rosa, Signo motivado, Intertexto.

Resumo

Em seu discurso ao “senhor”, Riobaldo serve-se, inúmeras vezes, da imagem do fio do discurso entretecido por intermédio das palavras. Esse narrador assim conduz o leitor rumo às malhas da teia de aranha e seus nós intercomunicantes (como na célebre constelação de signos malarmeana, do “coup de dés-mots”). Ora, em Crátilo, Platão emprega a mesma imagem metafórica do fiandeiro ou tecelão responsável por fiar ou tecer o fio do discurso. Cabe a Riobaldo (o “io-bardo”) o entretecimento de toda espécie de discursos oriundos de alhures, a começar pelo próprio Crátilo.



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Referências

MARINHO, Marcelo. Grnd Srt~: vertigens de um enigma. Campo Grande: Letra Livre/UCDB, 2001.

PLATÃO. Cratyle. In: PLATÃO. Cratyle. Protagoras et autres dialogues. Paris: Garnier Flammarion, 1967. p. 377-473.

ROSA, João Guimarães. Famigerado. In: ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. 33. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

Publicado
21-03-2002
Como Citar
Marinho, M. (2002). Platão, Rosa, o tecelão e seu texto: analogias discursivas entre Crátilo e o bardo Riobaldo. Scripta, 5(10), 257-263. Recuperado de https://seer.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12404