Os territórios imaginários da escrita

  • Maria Isabel Barreno
Palavras-chave: Escrita, narrativa,

Resumo

O que vemos e vivemos é o nosso real, determinado pelo nosso campo subjetivo particular. A compreensão da importância da narração como forma de criação do mundo exprime-se na frase “no princípio era o verbo”. As paisagens primitivas da narração primeva são geradoras das seqüentes narrações. Dos mitos coletivos resulta a comunicabilidade– e também o preconceito. Nos meus mitos individuais descubroa raiz da minha escrita. Mas as revisitações interiores não são peregrinações repetitivas: são fonte de descobertas permanentes, e de encontros inesperados com novas personagens. Estas são modos de ser alternativos,consubstanciações do que seria indizível sem essa metáfora do primeiro alento criador, do primeiro mistério existencial. No princípio era o verbo, e a eternidade simboliza-se na polissemia de todos os textos criativos.

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Biografia do Autor

Maria Isabel Barreno
Escritora.
Publicado
09-03-2001
Como Citar
BARRENO, M. I. Os territórios imaginários da escrita. Scripta, v. 4, n. 8, p. 275-286, 9 mar. 2001.
Seção
Dossiê: literatura portuguesa contemporânea