https://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/issue/feedHORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião2024-10-02T18:21:50+00:00Carlos Frederico Barboza de Souzahorizonte.periodico@pucminas.brOpen Journal Systems<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 1,5; margin: 0cm 0cm 0pt;">HORIZONTE é uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), classificada como A1 no QUALIS (Plataforma Sucupira/CAPES - Brasil).<br><strong>Missão:</strong> veicular trabalhos científicos que contribuam para o avanço da pesquisa na área de Ciências da Religião e Teologia e para a formação acadêmica crítica e integral, aberta ao diálogo, à perspectiva interdisciplinar e à pluralidade de ideias.<br><strong>e-ISSN 2175-5841</strong></p>https://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/28008Uma linguistificação da subjetividade mística a partir do pensamento de Richard Rorty e Michel de Certeau2024-10-02T18:17:56+00:00Marcelo Martins Barreiramarcelobarreira@ymail.com<p>O artigo objetiva uma linguistificação pós-metafísica da subjetividade mística a partir do pensamento de Richard Rorty e de Michel de Certeau. Para tanto, aborda-se inicialmente o processo de enunciação mística, notadamente na doutrina de João da Cruz, para num segundo momento questionar a impostação metafísica da ontologia fenomenológica sartriana. Como superação dessa perspectiva, a abordagem político-cultural da psicanálise de Richard Rorty propõe uma linguistificação do <em>self</em> em <em>Freud e a reflexão moral</em>, redescrevendo o mundo psíquico com a presença de “quase-pessoas”, o consciente e o inconsciente. Nesse ambiente conversacional entre conjuntos de crenças e desejos; sendo um predominante, o consciente, e outro alternativo, o inconsciente, há uma hospitalidade entre essas “quase-pessoas” como experiência de oração, em que um Outro divino e “sem modo” no <em>self</em>, como “quase-pessoa” estranha e parceira dessa conversação. Nesse sentido, na obra <em>A Fábula Mística</em> (2015), Michel de Certeau analisa as implicações linguísticas e ético-políticas dessa hospitalidade apaixonada no <em>self</em> nos reformadores do século XVI e XVII. O artigo finaliza apontando um viés complementar à abordagem dialógica da subjetividade mística a partir de Deus como ausência.</p>2024-09-27T21:24:12+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/26249¿Sería conciliable la cosmovisión católica con la de la reencarnación y con la cosmovisión espiritualista?2024-10-02T18:17:58+00:00Eduardo Duqueeduardoduque@ucp.ptJosé Durán Vázquez joseduran@uvigo.gal<p>El estudio que aquí se ofrece tiene por objetivo dar respuesta a dos temas, a saber: ¿son el catolicismo y el espiritualismo compatibles y complementarios en sus fundamentos y prácticas? ¿En las categorías de la Lógica (como uso armónico de razonamiento válido) es compatible el adoctrinamiento simultáneo en el catolicismo y en el espiritualismo? Este análisis se sitúa dentro del contexto religioso brasileño, donde tradiciones como el Espiritismo y la Umbanda, que combinan elementos cristianos con espiritualistas, juegan un papel significativo. El artículo reconoce esta diversidad y propone una reflexión que toma en cuenta estas realidades, buscando comprender cómo diferentes cosmovisiones influyen en la práctica religiosa y en la visión del mundo de los fieles. Al confrontar estas distintas realidades en su esencia y lenguaje, la metodología adoptada propone una síntesis de los conceptos clave, clarificando las diferencias entre ambas tradiciones. Además, el estudio se propone ofrecer respuestas concretas a las cuestiones centrales, como la posibilidad de conciliación entre la resurrección y la reencarnación, y cómo estas creencias modelan la comprensión humana sobre la vida, la muerte y lo que viene después.</p>2024-09-27T20:03:02+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31908Charles Fourier e Allan Kardec: 2024-10-02T18:21:40+00:00Lucas Berlanza Correalucasberlanza@yahoo.com.brMarco Antonio Figueiredo Milani Filhommilani@unicamp.br<p>Diversos trabalhos têm apontado a existência de correlações entre o Espiritismo, tal como sistematizado por Allan Kardec, e a vertente do Socialismo utópico, ou romântico, fundada por Charles Fourier. As referências do próprio Kardec em suas publicações ao pensamento fourierista e a interação entre seguidores do Fourierismo e o nascente movimento espírita reforçam a presença de conexões que ensejam investigações mais aprofundadas. Este trabalho tem o propósito de confrontar alguns dos postulados fundamentais dessas duas doutrinas influentes e originárias do século XIX, comparando suas concepções a partir de três vértices. O primeiro deles é o moral, em que se pode identificar, entre outros aspectos, a maneira pela qual as duas correntes de pensamento apreciam o problema das paixões humanas. O segundo é a perspectiva de ambas sobre a marcha evolutiva do mundo, culminando com o terceiro, que é a percepção que exibem acerca da sociedade ideal. Esse exame permite uma breve demonstração das semelhanças e diferenças que se podem encontrar nos dois sistemas de pensamento, explicitando que as características similares não implicam subordinação teórica ou equivalência entre suas propostas.</p>2024-09-19T12:28:50+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31774Allan Kardec, a pesquisa espírita e sua interface com o público2024-10-02T18:21:42+00:00Silvio Seno Chibenichibeni@unicamp.br<p>Este artigo descreve e comenta a criação, por parte de Allan Kardec, de um complexo arcabouço de divulgação de sua produção no novo campo de estudos a que denominou “Espiritismo”, ou “ciência espírita”. Embora não fazendo parte do mundo acadêmico, no sentido institucional do termo, o pesquisador francês efetivamente se aproximou, no desenvolvimento dessa interface com o público, daquilo que à época começava a se tornar padrão nas áreas mais maduras da ciência. Criou uma sociedade de estudos, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em que fatos, hipóteses e métodos eram apresentados e discutidos, antes de eventualmente serem incorporados em textos e divulgados mais amplamente. Para essa divulgação, conjugou a publicação de livros temáticos a uma revista de assuntos espíritas gerais, a Revista Espírita, para veicular ensaios e resultados preliminares, servindo também de via de mão dupla para a interação com assinantes e correspondentes, interessados em contribuir com a elaboração da teoria espírita. Dado, porém, que o Espiritismo não era, nem pretendia ser, uma disciplina científica inserida no meio acadêmico oficial, existem diversas diferenças entre essas duas instituições espíritas e suas análogas na academia. Estas diferenças são aqui apontadas, explicadas e justificadas, como aspectos típicos do programa kardequiano.</p>2024-09-17T10:50:02+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31915“Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”: 2024-10-02T18:21:43+00:00Ricardo Toshio Bueno Hidaricardotbhida@gmail.comSuzana Ramos Coutinhosrcoutinho@pucsp.br<p>O presente artigo procura analisar a influência da obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, psicografada por Chico Xavier, como capital simbólico que permitiu a Federação Espírita Brasileira se qualificar como porta-voz do espiritismo kardecista no Brasil junto ao governo de Getúlio Vargas em 1938 e marcar a presença da religião criada por Allan Kardec junto ao governo brasileiro. Em um momento de forte influência da Igreja Católica, representada na pessoa do Cardeal Leme, resgatando a influência e poder perdidos na Proclamação da República, espíritas se uniram a protestantes para defender a laicidade do Estado e garantir a liberdade de culto. O espiritismo no Brasil, diferentemente do que aconteceu na França, ganhou espaço nas primeiras décadas do século XX com curas espirituais. No início dos anos 1930, por conta de acusações de curandeirismo, os espíritas deixaram de lado as curas, investindo em obras assistenciais e literatura consoladora. Pode-se considerar o livro de Chico Xavier mais que uma teologia de narrativa espírita; o livro foi parte importante na construção do mito fundador da nação brasileira em um momento histórico de forte nacionalismo, e serviu de ferramenta essencial em uma disputa por espaço no campo religioso brasileiro no Estado Novo.</p>2024-09-13T11:49:42+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31864Allan Kardec e o progresso da ciência2024-10-02T18:21:45+00:00Ricardo Andrade Teriniricardoaterini@gmail.com<p>Na formulação do Espiritismo, diferentemente das tradições religiosas da época, Allan Kardec sempre se preocupou em apresentar os conceitos espíritas associados às ideias científicas vigentes então, com o objetivo de integrá-lo à cultura vigente. Para ele, as leis do mundo material e as do mundo espiritual têm origem divina. O Espiritismo não deve ser sagrado, pode mudar a partir de novas descobertas, novos fatos reconhecidos. A partir de pesquisa bibliográfica, o artigo aborda os avanços científicos admitidos por Kardec em seus escritos em tópicos antes somente do domínio religioso – como a evolução das espécies, a formação da Terra, a possibilidade de vida em outros mundos, a Lua, a natureza da matéria –, bem como os desenvolvimentos principais desde o século XIX até a atualidade. Esses avanços mostram que Kardec era um homem de seu tempo, mas com visão progressista e aberta a novos desenvolvimentos consolidados. Essa atitude dá indicações sobre como ele desejava que ocorresse o progresso e a divulgação do Espiritismo em todas as épocas.</p>2024-09-12T12:48:33+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31616Do Brahma ao Buda:2024-10-02T18:21:46+00:00Frank Usarskiusarski@pucsp.brRodrigo Wolff Apollonirwapolloni@gmail.com<p>Hinduísmo e Budismo são duas das religiões mais expressivas do mundo em número de adeptos. São, também, originárias de uma mesma região, o Subcontinente Indiano. Para além disso, ao longo do tempo, em especial nas etapas iniciais do Budismo, elas compartilham uma série de elementos teológicos e simbólicos. Mesmo assim, constituíram-se como sistemas religiosos próprios, com dinâmicas próprias, que, em muitos aspectos, não se misturam e até se opõem. Este artigo busca examinar as divergências substanciais entre Hinduísmo e Budismo. Para isso, propõe um trajeto circular, que parte das semelhanças entre ambas as religiões para além do lugar comum, para, então, ocupar-se das diferenças substanciais.</p> <p style="text-align: justify; line-height: 150%; tab-stops: 0cm 35.45pt;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif;"> </span></p>2024-09-11T15:25:06+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31282Um estado de graça: 2024-10-02T18:18:37+00:00Bárbara Romeika Rodrigues Marquesbarbara.marques@cefet-rj.br<p>Com a filosofia de Simone Weil, este artigo propõe discutir a perspectiva filosófica da atenção. Para tal, argumenta que a condição da atenção demanda e sustenta um estado de graça que, ao dispor à consciência o sentimento de participação na beleza da natureza, vincula ser e mundo. Debate, a partir da perspectiva weiliana, um princípio intermediador entre a contemplação das formas da natureza, a afeição ao sagrado e o engajamento com a alteridade como condição da atenção. Busca-se inferir que a familiarização da consciência às instâncias fundamentais do ser é capaz de fazer frente aos sequestros atencionais do presente e recuperar um estado de graça suficiente a desembrutecer a vida. O objetivo está em tecer a crítica ao mundo moderno a partir da afirmação de uma atenção que, diferente das técnicas de focalização instrumentalizadas, demanda a confiança na experiência capaz de vincular o sentir, o pensar e o agir na defesa ético-política do amor ao mundo.</p>2024-09-05T17:44:38+00:00Copyright (c) 2023 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31815O impacto dos arquivos pessoais na historiografia: 2024-10-02T18:21:48+00:00Adriana Gomesadrigomes.rj@outlook.comAdair Ribeiro Júnioradairrj@gmail.com<p>Este artigo investiga o impacto dos arquivos pessoais na reconfiguração da historiografia, destacando a relevância desses acervos em um contexto de transformações digitais. Baseando-se em reflexões de Derrida e Foucault, questiona a objetividade tradicional. Utilizando o arquivo pessoal de Allan Kardec, o da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e a <em>Revista Espírita</em> como exemplos, o artigo explora a importância de documentos acessíveis por meio do Projeto Allan Kardec e do Museu Allan Kardec. Online (AKOL). Inicia com discussão teórico-metodológica, analisando a produção do arquivo de Kardec e sua influência no <em>corpus</em> doutrinário do espiritismo, com destaque para a sistematização de supostas mensagens espirituais. Utiliza fontes primárias, incluindo manuscritos, para compreender uma das obras de Kardec, a produção de <em>A Gênese</em> e a continuidade da doutrina após a sua morte.</p>2024-09-04T13:46:23+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãohttps://seer.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/31202Ciência da vida após a morte2024-10-02T18:21:50+00:00José Maurício de Carvalhomauricio@ufsj.edu.br<p>Resenha do livro de MOREIRA-ALMEIDA, A; COSTA, M. A. e COELHO, H. S. <strong>Ciência da vida após a morte.</strong> Belo Horizonte: Ampla, 2023. 98 p. ISBN 978-65-84793-22-4.</p>2024-09-02T17:20:01+00:00Copyright (c) 2024 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião