Desconstrução do cristianismo: imperativo ontológico à experiência de Deus na pós-modernidade
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Resumo
Com este texto perscruta-se a maneira como a razão secular contribuiu para pensar a experiência de Deus no contexto pós-cristão e pós-metafísico. Neste novo contexto, explicitam-se as principais contribuições do “niilismo místico” à possível experiência religiosa no marco de novas condições culturais. Fundamental será a assunção da desconstrução enquanto método do pensamento crítico. Segue-se o teólogo mexicano Carlos Mendoza Álvarez que, partindo da crítica pós-cristã aos sistemas de crença e de moral, propõe a superação dos obstáculos que impedem o acesso ao manancial divino e, consequentemente, a volta à coisa mesma da fé cristã. Nesse horizonte, emerge a desconstrução do cristianismo como um imperativo ontológico para superar a metafísica clássica e, consequentemente, ascender à metafísica do Ser Superessencial. Inserido, pois, em sua própria desconstrução, do cristianismo declosionado surge a fé niilista como uma potência da subjetividade, como o estágio que representa a passagem de mundo da crença para o mundo iconoclasta e apofático, isto é, o mundo da fé sem a idolatria do sujeito.
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