Os sentidos mudam e a cozinha também: análise da(s) formação(ões) discursiva(s) das propagandas da Todeschini
Resumo
Este trabalho parte da compreensão de que a noção de formação discursiva corresponde a um domínio de saber, constituído de enunciados discursivos que representam um modo de relacionar-se com a ideologia vigente, regulando o que pode e deve ser dito (PÊCHEUX, 1988). Nesse sentido, evoca-se a noção de sujeito, categoria analítica que difere pontualmente o quadro teórico da Análise do Discurso de linha francesa pêcheuxtiana das demais teorias que também contemplam o discurso. Embora este ensaio assume seu interesse por formação discursiva, não pretendemos perder de vista a noção de tomada de posição, formações ideológicas e sujeito, como já anunciamos, uma vez que a reunião dessas noções é fundamental para que consigamos acesso aos efeitos de sentido mobilizados pelas formações discursivas (estas a serviço de ideologia) que autorizam o discurso. Para isso, utilizaremos como corpus três textos propagandísticos da empresa de cozinhas planejadas Todeschini e buscaremos aporte teórico em Michel Pêchuex (1988), por sua importância na teorização do conceito de formação discursiva pela qual foi possível, ao considerar as formações ideológicas, esgarçar o olhar sobre essa categoria analítica tão cara aos estudos discursivos; Michel Foucault (1969), pela sua preocupação em estabelecer as regularidades, os sistemas de dispersão; e Freda Indursky (2020) por compreender sua relevância às pesquisas que visam explorar formações discursivas, sobretudo àquelas que elegem corpus da realidade brasileira.
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