Palimpsesto erótico: ecos da literatura precedente e a expressão do proibido no conto "Pílades e Orestes", de Machado de Assis
Resumo
Em "Pílades e Orestes", conto inserido na coletânea machadiana de Relíquias de casa velha (1906), o escritor conta uma história entremeada de ambigüidades. Trata-se de eventos ligados à complexa relação entre os protagonistas (o ex-político e rico herdeiro Quintanilha e o advogado pobre chamado Gonçalves) e que envolvem, julgamos, implícitas sugestões de homoerotismo por parte do narrador. Apesar, provavelmente, de tratar-se de um afeto desigual, com a ênfase sobretudo no sentimento de Quintanilha (e nos interesses materiais do amigo), o fato é que a relação estreita entre ambos encontra mais fáceis justificativas caso se aceite o inconfesso. Baseados, então, em pontos de coincidência temática entre ele e a lenda grega aludida no título ou o conto ''A cartomante", do próprio Machado, usamo-los como parâmetros de busca e reforço de elementos atinentes ao homoerotismo na obra analisada.
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